domingo, 24 de maio de 2009

SASL

Assertivo o coração emberbe no concílio dos mares;
Rédeas quebradas das marés,
Autómato o mundo no seu formato mais compacto.
Hostes nossas, preparai-vos para o deserto, a conquista é feita de noites imparáveis, onde visíveis são as faces estranhas e negrumosas.
As tendas postas no breu do asilo estelar
onde salivadas são as memórias
e escassas são as vitórias palpáveis,
jamais auferem de secretismo ou confidência.... Relembradas são, após absentismo existencial.

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S. Alexandra Sustelo Louzeiro.... I adore You

quinta-feira, 14 de maio de 2009

O teu Poema.

"Penteia bem os teus cabelos,
as estrelas quentes da noite, vão em ti, hoje pousar."

- Amor, descansa por hoje este teu ternorento sorriso
e arranca de dentro de ti o azedume da derrota, pois jamais nos iremos amar como outrora.

"Acordei zonzeado no leito quente da tua demora. A janela estreaberta trouxe consigo a voz suave do vento, ele disse-me para cantar o teu nome, e eu cantei-o, faminto, e ainda te imagino acariciando a maçaneta, ouço-a rodar, mas não vens. Cansei-me."

- Mergulha, cambaleante nos meus olhos, finta o único sentimento que escondes na tua carcaça, colhe a saliva solar que escorre céu abaixo, aquece-te com as palavras
maduras dos becos onde já moraste.

" Vem encontrar-me nos areais da última praia, a duna onde se deita a lua será o nosso caminho .... Iremos até onde o sol nos deixar. Só nessa altura saberei que sou teu. Até lá serei apenas semente do mundo, germinada no cantâro do teu sorriso."

terça-feira, 12 de maio de 2009

O dia é teu nesta minha fonte de escrita

Hoje não são precisas palavras.
Hoje o dia é teu, ou melhor para ti.
Sinto uma ânsia de te ver e te agarrar.

Hoje, vinte e quatro tuas que dedico só para ti.

Há poema mais bonito que aquele silencioso em tua presença?

quarta-feira, 6 de maio de 2009

A Step to a Kilometer



come from your founts and jewels
from the joy and over use,
give us your name.
The hardest chest contains the softned heart,
reveal us pain in art
ache in rain.
ride the veils of the forest to the
holy sacrament,a package of lies,
forever the same, blood on canvas,
a complementary war, a strength from inner deep,
recalling the ways to abandon.
an orgy of poetry ocurring inside a young mans brain,
words squirming powerless enchants,
keys of infancies, advices from elders,
the colours are taking their place in purity.
So are we, recovering from rotness.
A step to a kilometer,
yet no sign of escape. Tell us now who yearns for a tomb,
we'll give him a limit line to hold, we'll study the art of smilling in a dying land.

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terça-feira, 5 de maio de 2009

Encarcerado em Carência


vernáculo paladar
degustante a demora
nervo articulante, semblante da dor.
curvilínea paz,
cortejadora debutante,
findas as cerimónias,
quem entre nós findar?
quem entre nós se enternece no adiamento do rejubilo?
que força catalogou as artérias que me unem?
abrandados os modos de fúria, diferentes hoje daquilo que outrora jamais foram.
findo agora tudo o que urge,
não mais encarcerado em carência,
o fraque do sono eterno, imaculado,
experenciada agora a última independência.

Somos Almas Soltas no Limbo



este fastio na alma
é como fumo em ponta de cigarro
abundante e perigoso,
circundante e guloso.
não me afronto perante a jura eterna de sono,
não sou capaz de tal se é em ti que o meu reinado se ergue.
a pele chia todos os tormentos sentidos
escraviza a sangue a correr desorientado
escurece quando banhada pelo sol
morre cansada e aparece novamente no corpo tenro dum ser.
é de seda
o invólucro,
o túmulo das estrelas,
a poeira poetisa que nos cobre.
a fé uma vez materializada cobre o universo,
mas jamais alimentará o homem.
este que vê o som,
este que conhece a poda da dor.
esta última mulher verteu em mim,
paradisíaca, a sua vontade luzidia de me desamar
mostrou-me os esconderijos dos seus olhos,
e ensinou-me a nunca mais os precorrer á procura de respostas.
além vem o corpo incandescente da morte
segurando rosas negras na mão esquerda,
segredando os odores frescos do seu prado,
a música segue-a acorrentada
e a brisa celeste teima em não se adaptar,
foste a única que me aparou
a única que me fará amanhacer em infindáveis dias sem estações.

segunda-feira, 4 de maio de 2009